Mas logo acabou a moleza e começou a extenuante descida do Monte Roraima, dos 2.700m do cume até os 1.900m do Acampamento Base. Descemos com cuidado a íngreme trilha que maltratava nossos pés e joelhos.
(foto de Flávio Varricchio)
O Paso de las Lagrimas estava agora seco e os demais riachos estavam bem fáceis de passar, mas ao final dessa longa descida tivemos que fazer uma boa parada no Acampamento Base para almoçar e cuidar das bolhas...O tempo virou e começou a chover. Retomamos a descida. Do Acampamento Base para baixo já não era tão íngreme, mas o grupo estava cansado. Nesse trecho o Léo Trota, que vinha fechando a fila, sofreu uma queda e torceu feio o joelho. O guia Leo conseguiu fazer uma imobilização com uma faixa, mas o Léo Trota teve que contratar um carregador para sua mochila.
À medida em que descíamos e nos afastávamos da influência da montanha, o tempo ia melhorando. Quando chegamos na margem do Rio Kukenan já tínhamos descido 1.600m verticais. Felizmente o rio estava baixo e a passagem foi bem tranquila. A subida após o Rio Kukenan foi o derradeiro esforço do dia. Depois foi só descer até o Rio Tök, onde tiramos (literalmente jogamos) as mochilas e tomamos um delicioso banho de rio. Para muitos do grupo (eu inclusive) era o primeiro banho desde o início da caminhada.
Acampamento montado, ficamos curtindo a paisagem do paredão sul do Monte Roraima tomando cerveja numa tarde linda.
O Léo Trota tinha conseguido vencer a longa descida com o joelho instável e estava mais aliviado. Mas a situação ainda era crítica. (dias depois, no médico, foi constatado o rompimento do ligamento cruzado. A solução foi sirúrgica)
(foto da Gi)
(foto do Léo Trota)
Continua... http://waldyrneto.blogspot.com/2012/02/monte-roraima-ultimo-dia-de-trilha.html
Parece um filme.... Muito legal!
ResponderExcluirUma grande aventura das nossas vidas.
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