De Santa Elena seguimos por asfalto pela região da Gran Sabana Venezuelana, um platô a 1.000m de altitude que tem solo arenoso e foi formado pela erosão dos Tepuis. Na altura de San Francisco de Yuruani pegamos uma estrada de terra até a aldeia indígena de Paraí-Tepuy.
Neste distante povoado indigena assinamos o termo de visitação do INPARQUES e ouvimos as recomendações e regras do local. Enquanto isso o guia Leo finalizava a contração dos carregadores.
Na partida o Everaldo "Borracha" tirou uma foto super torta do nosso grupo. Eram cerca de 9:00 da manhã e tudo estava dentro do previsto.
Acima: Alex Uchoa, Flávio, Eduardo, Gi, Marcelinho, Avelino, Léo Trota, Alexandre, Monique e Eu.
Mochilas pesadas nas costas, primeiros passos... o início é sempre meio desconfortável. Aos poucos fomos pegando ritmo e curtindo o visual da Gran Sabana. O tempo nublado não nos permitia ver o Monte Roraima, mas tornava a caminhada bem agradável.
Com 7km caminhados chegamos num pequeno trecho de mata com um riacho. Cruzamos o riacho por um tronco e fizemos uma rápida parada para um lache. Estávamos caminhando num bom ritmo e isso era importante pois pretendíamos subir o Monte Roraima em apenas dois dias (a subida normal é em três dias).
(foto de Alex Uchoa)
Continuamos a caminhada, sempre vendo o maciço do Roraima envolvo em núvens. Era visível que estava chovendo na montanha. Já perto do Rio Tök o tempo fechou e choveu um pouco, mas essa chuvinha fina mais nos refrescava do que nos incomodava.
Depois de uma longa descida chegamos na aldeia indígena do Rio Tök a 1.100m de altitude. Já era hora do almoço e já tínhamos deixado 13km de caminhada para trás. Tiramos as mochilas, descansamos um pouco na sombra e comemos um ótimo almoço na aldeia.
Após o almoço discutimos com o guia Leo a estratégia para o restante do dia. Pela hora e pelo cansaço do grupo, desistimos de tentar chegar ao Acampamento Base, a 1.900m de altitude e definimos como meta chegar no Acampamento Base Militar, a 1.500m de altitude. Dessa forma ainda seria possível fazer a subida em dois dias.
Mochilas nas costas, atravessamos facilmente o Rio Tök.
Pouco mais de 1km à frente, chegamos na primeira perna do Rio Kukenan, que também estava bem fácil de transpor.
Mas na segunda perna acabamos tendo nossos momentos mais emocionantes desse primeiro dia de caminhada. O rio estava cheio, com correntezas. Atravessamos por uma corda, muitas vezes com água na cintura e molhando as mochilas.
(foto de Alex Uchoa)
(foto de Alex Uchoa)
Assim que baixou a adrenalina da travessia, percebemos o quanto tinha sido demorada e desgastante. Para piorar os terríveis mosquitos Puri Puri estavam nos devorando enquanto calçavamos nossas botas. Era tarde, a luz já estava um pouco baixa. Mas tínhamos que continuar caminhando até o Acampamento Base Militar. Esse trecho foi longo e desgastante, mas o visual do Monte Roraima, cada vez mais próximo, nos animava.
A nossa esquerda o Salto Kukenan, a 4ª maior cachoeira do mundo, despencava do cume do Monte Kukenan, numa queda de 610m.
No finalzinho da tarde chegamos ao Acampamento Base Militar. Foram cerca de 20km de caminhada e todos estavam cansados. Aos poucos fomos montando nosso acampamento e curtindo o visual do lugar.
Mas era hora de jantar e descansar, pois teríamos uma dura subida no dia seguinte...
Show!!!
ResponderExcluirValeu Fabiana !! Muito show mesmo!
Excluirpq vcs pegaram avião primeiro para manaus? Foi conexão?
ResponderExcluirOi Haroldo, avião para Boa Vista com conexão em Manaus.
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